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domingo, 13 de dezembro de 2009

Eu poderia dizer que a minha vida é quase perfeita, amo e sou amada, odeio e sou odiada, adoro e sou adorada. Penso que tudo tenha significado no que sou hoje, no que fui e no que irei ser.


Já não sou uma adolescente, tenho 28 anos e não passo de uma mulher normal, talvez um pouco maluca segundo as minhas amigas. Chamo-me Rachel, sou jornalista, uma profissão que para alguns desperta paixões e para outros raiva.


Gosto de quem sou, não… amo-me como sou, mesmo com as minhas inseguranças e desatinos. Sempre sabotei as minhas relações amorosas desde o dia que conheci o Diogo. Sempre o amei, e agora consigo ver com clareza e tenho coragem de o admitir. Ele é uma pessoa forte, diferente de mim, ele é distante, seguro de si mesmo e traiçoeiro como todos os bons engenheiros que conheci até hoje. Foi sempre assim que o vi, que o desejei e amei, mesmo sem saber. A conversa de ontem a noite foi o ponto final. O final de tudo…


- Nunca me irás amar. Isto não passa de Paixão. – Disse-me ele olhando-me nos olhos da forma que sabe que me parte o coração.


- Tu não compreendes, nunca compreendeste. Não esperava outra coisa de ti. Abre os olhos Diogo, estou cansada de ser “a Outra”.


- Vou casar!


O mundo desmoronou naquele momento como se fosse tudo um puzzle, ele estava à minha frente a negar o meu amor, a dizer que ia casar, a afirmar que eu era “a Outra” e que ela ganhou o coração dele. Não é que houvesse competição, nunca fui competição para ela.

(CONTINUA)

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